O enganoso mercado da fé

Jesus disse numa ocasião:

“Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.” (Mateus 10:8)

Jesus quer que as pessoas realizem a sua obra sem cobrar nada por isso. Os seus discípulos entenderam bem a mensagem e obedeceram a ordem, como vemos a seguir:

“E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro, dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro.” (Atos 8:18-20)

Embora a Bíblia proíba a comercialização dos favores de Deus, qualquer pessoa, independentemente da fé que possua, poderá comprar em algumas denominações cristãs uma variedade enorme de produtos ungidos, como água, meia, caneta para passar em concurso público, cimento, tijolo, colher de pedreiro, toalha, lenço, vassoura, etc.

Apesar de ser uma prática absurda e contrária aos ensinamentos bíblicos, existe sempre um público disposto a pagar por esse tipo de coisa e que ainda comemora o fato de ter adquirido um produto “especial” e “caro”, muitas vezes inacessível a outros desafortunados sem dinheiro.

Às vezes, essa barganha diabólica pode não ter a aparência de uma venda comum. Isso acontece quando alguém promete um favor de Deus, mas ao mesmo tempo pede valores e ofertas para que Deus “possa abrir as portas do céu” e abençoar!

Repare que o enganador, nesse caso, condiciona o recebimento de uma bênção ao pagamento de uma determinada quantia. Não pareceu, mas isso foi uma venda.

O problema do mercado da fé é antigo. Quando o Senhor Jesus viu o comércio sendo realizado dentro do Templo em Jerusalém, Ele expulsou imediatamente os que vendiam e compravam, dizendo:

“Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões.” (Mateus 21:13)

Muitas pessoas continuam insistindo nos mesmos erros atualmente, seja vendendo ou seja comprando em nome da religião.

Boa parte das casas de oração está se transformando em casas de negócio. Embora devessem distribuir gratuitamente alimentos e roupas a quem precisa, algumas congregações estão vendendo esses itens com o pretexto de levantarem “fundos” em benefício da denominação.

O comércio só existe porque há público disponível para isso e porque a igreja permanece omissa diante da atitude de homens corruptos de entendimento, amantes de si próprios e do dinheiro, que é o início de todos os males:

“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” (1 Timóteo 6:10)

Se você ver o comércio acontecer no local em que congrega, seja fiel a Deus e procure os líderes e responsáveis para, com sabedoria e amor, solicitar a eliminação desse impedimento da casa de oração.

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