Jesus na mira dos apedrejadores

O Evangelho de Jesus Cristo, segundo escreveu João, nos revela que pelo menos em duas ocasiões, os judeus tentaram apedrejar o Senhor Jesus Cristo.

Na primeira ocasião, Jesus ensinava no Templo em Jerusalém (João 8:2).

Curiosamente no mesmo dia em que Jesus quase foi apedrejado, o Senhor livrou uma mulher trazida por fariseus e escribas do apedrejamento, pelo fato de ter sido pega em adultério.

A defesa de Jesus para aquela mulher foi brilhante:

“Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.” (João 8:7)

Após o fato, Jesus continua falando e encontrando resistência dos religiosos da época. As palavras de Jesus foram tidas como palavras de um endemoninhado (João 8:48,52) e os judeus chegaram à conclusão de que Jesus deveria ser apedrejado.

Porém Jesus ocultou-se e saiu do templo, passando pelo meio deles, retirando-se, como escrito em João 8:59. Para cumprimento das profecias, a morte de Jesus não poderia ocorrer por apedrejamento, mas por crucificação, que era a penalidade imposta pelos romanos, naquela época.

Depois que se retirou, não abalado pelo fato de quase ter sido morto por apedrejamento, Jesus curou um cego de nascença, cuspindo na terra e fazendo um lodo que, colocado sobre os olhos do cego e retirado com as águas do tanque de Siloé, fez o homem enxergar pela primeira vez. (João 9:1-7).

Tudo isso aconteceu num shabat (João 9:14). Shabat significa “descanso” e não sábado. O shabat judeu não corresponde ao nosso sábado gregoriano (nem ao domingo), mas não entraremos nesse assunto aqui.

Os fariseus estavam tão cegos no entendimento que a prática do bem às pessoas durante um shabat (dia do descanso), como curar um cego, era considerada proibida. Porém eles mesmos se esqueciam de que durante o shabat não hesitaram na tentativa de apedrejar o Senhor Jesus Cristo, o Verbo encarnado diante deles!

É por isso que Jesus diz àqueles homens:

“Condutores cegos! que coais um mosquito e engolis um camelo.” (Mateus 23:24)

Na segunda ocasião, durante o período da festa da dedicação (ou festa das luzes), a qual começou a ser celebrada no ano 162 a.C., Jesus andava passeando no templo, no alpendre de Salomão, conforme João 10:23.

De repente, ele foi rodeado por judeus e novamente questionado sobre a sua verdadeira identidade, apesar de Jesus já ter respondido isso com todas as obras que praticou, as quais testificavam dele.

Quando Jesus afirma que ele e o Pai são apenas um, novamente os judeus pegam em pedras para o apedrejar (João 10:31).

Questionados pelo Senhor Jesus sobre os motivos que os levaram a decidir pelo apedrejamento, os judeus respondem:

“Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.” (João 10:33)

Os judeus tentaram apedrejá-lo e prendê-lo, mas Jesus conseguiu novamente escapar.

Até hoje os judeus veem Jesus apenas como um profeta ou um falso profeta, e não como o verdadeiro Messias e Salvador.

O Deus de Israel se fez carne e habitou naquele meio (João 1:14), mas como Jesus bem disse, eles não souberam reconhecer o tempo de sua visitação (Lucas 19:44) e não o receberam (João 1:11).

Sabemos que Jesus costumava andar com seus discípulos. Na ocasião em que Jesus quase foi apedrejado, é muito provável que os discípulos também estivessem com o Senhor, correndo possivelmente também os mesmos riscos de serem apedrejados.

Trazendo essa realidade para nossas vidas, podemos tirar as seguintes conclusões:

Quanto maior for a nossa proximidade com o Senhor Jesus, maiores também serão as chances de sermos atingidos com algumas dessas pedras.

Quanto mais afastados estivermos de Jesus, maior também será a nossa proximidade com aqueles que estão do lado oposto, dos que pegam em pedras para ferir o Senhor.

Pense nisso e quando alguém lançar uma pedra em você, como retaliação do inferno pelo fato de você ter realizado uma boa obra, algo que glorificou o nome de Deus, agradeça a Deus por isso e continue servindo e adorando ao Senhor, pois não se lançam pedras em árvores que não produzem bons frutos.

“Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” (Mateus 5:11,12)

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