A Porta Dourada aguarda o verdadeiro Messias

Jerusalém é uma das poucas cidades do mundo que foram totalmente destruídas e novamente reedificadas. No caso de Jerusalém, isso não aconteceu apenas uma vez.

Além de todos os registros arqueológicos e históricos disponíveis, a própria Bíblia Sagrada narra com fidelidade a história daquela nação e como Deus honrou todas as promessas (profecias) dirigidas àquele povo, por mais difícil e improvável que tenha parecido o seu cumprimento.

Ainda no tempo do Senhor Jesus, por diversas vezes Ele passou por uma porta especial, que é objeto de estudo desse texto. Essa é a porta que olha para o caminho do oriente e que dava acesso ao Templo em Jerusalém, para quem vinha do Monte das Oliveiras, conforme a Fig. 1.

Ainda quando um bebê, Jesus foi levado pela sua família para ser apresentado no Templo de Deus (Lucas 2:22). Foi a primeira vez que o Senhor Jesus passou por aquela porta, uma das oito da muralha que cerca a cidade antiga de Jerusalém, que possui uma área aproximada de um quilômetro quadrado.

A muralha de Jerusalém tem o comprimento pouco mais de 4 km, altura média de 12 metros e espessura aproximada de 2,5 metros.

Mas por qual razão a porta se encontra fechada e por que motivo um grande cemitério foi construído diante da porta e até perto do Monte das Oliveiras, como se observa na Fig. 1?

Antes de responder a essas perguntas, é importante ressaltar que essa muralha da gravura não é a mesma do tempo em que Jesus foi crucificado. Aquela muralha foi destruída no ano 70 depois de Cristo, bem como o Templo de Deus, como Jesus havia antecipado:

“Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada.” (Mateus 24:2)

Além da destruição do Templo e da muralha, toda a cidade de Jerusalém foi arrasada, vindo a ser reconstruída um pouco mais tarde. No ano 132, Jerusalém revoltou-se contra Roma, mas novamente foi devastada. Em 135, Jerusalém foi reconstruída por um imperador romano, ocasião em que recebeu um novo nome (Élia Capitolina). Se um judeu entrasse na cidade, deveria ser morto.

“E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem.” (Lucas 21:24)

Não há um consenso acerca da data exata da reconstrução da muralha. Alguns estudiosos afirmam que ocorreu no século VI, enquanto outros sugerem o século VII, mas o fato é que elas foram reconstruídas e ainda permanecem erguidas até os dias atuais, porque importa que uma profecia bíblica seja cumprida.

No século VII, fora construído exatamente no local do antigo Templo de Deus, em Jerusalém, o Domo da Rocha, um monumento sagrado para os mulçumanos de todo o mundo.

Segundo as tradições locais, um século depois, fora instalado estrategicamente aos pés da porta do caminho oriente um cemitério para o enterro dos mulçumanos. Depois de alguns séculos, até mesmo os próprios judeus começaram a ser enterrados naquela área, entre a muralha e o Monte das Oliveiras.

Ainda não satisfeitos, os opositores fecharam a porta do caminho oriente, selando-a com pedras douradas. A ordem foi dada em 1541 pelo sultão Solimão, líder do império otomano (atual Turquia).

A partir daquela data, a porta localizada a leste do antigo Templo de Deus seria conhecida como a Porta Dourada, a única porta selada dentre as oito existentes na muralha.

A razão de essa porta ter sido fechada e de um cemitério ter sido construído para bloquear a passagem está relacionada com a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo.

“Então, o homem me levou à porta, à porta que olha para o oriente. E eis que, do caminho do oriente, vinha a glória do Deus de Israel; a sua voz era como o ruído de muitas águas, e a terra resplandeceu por causa da sua glória. O aspecto da visão que tive era como o da visão que eu tivera, quando vim destruir a cidade; e eram as visões como a que tive junto ao rio Quebar; e me prostrei, rosto em terra. A glória do SENHOR entrou no templo pela porta que olha para o oriente. O Espírito me levantou e me levou ao átrio interior; e eis que a glória do SENHOR enchia o templo.” (Ezequiel 43:1-5)

As duas barreiras foram construídas na tentativa de impedir o cumprimento dessa profecia. O que o sultão Solimão não esperava é que selando com pedras a porta do caminho oriente em 1541, ele cumpriu involuntariamente uma outra profecia:

“Então, o homem me fez voltar para o caminho da porta exterior do santuário, que olha para o oriente, a qual estava fechada. Disse-me o SENHOR: Esta porta permanecerá fechada, não se abrirá; ninguém entrará por ela, porque o SENHOR, Deus de Israel, entrou por ela; por isso, permanecerá fechada.” (Ezequiel 44:1-2)

A porta foi fechada porque o Deus de Israel entrou por aquele caminho, inclusive um pouco antes de doar a sua vida voluntariamente na cruz do calvário.

Qualquer tentativa humana para reabrir aquela porta fracassará, pois ela somente será aberta por uma intervenção de Deus.

A ideia de criar um cemitério para bloquear a passagem pela porta partiu da análise de uma referência bíblica dirigida aos judeus, que os proibia de tocar em mortos, sepulturas ou andar sobre um terreno em que alguém tivesse sido enterrado.

“Quem estiver no campo e tocar em alguém que tenha sido morto à espada, ou em alguém que tenha sofrido morte natural, ou num osso humano, ou num túmulo, ficará impuro durante sete dias.” (Números 19:16)

O judeu que toca um morto é considerado impuro pelo período de sete dias. Nesse período, essa pessoa deve se purificar seguindo regras específicas. De acordo com a lei, se alguém não se purificasse, contaminaria o Tabernáculo do Senhor e por isso deveria ser eliminado de Israel. Esse é um decreto perpétuo para os judeus (Números 19:21).

Porém Jesus não está limitado por esta profecia, pois Ele mesmo é Senhor dos vivos e dos mortos (Romanos 14:9), podendo ressuscitar um cadáver de longe (João 11:43) ou mesmo tocando-o (Marcos 5:41).

De todo modo, todos os obstáculos serão removidos e o Senhor passará por um novo caminho, nunca antes percorrido por qualquer outra pessoa.

Observe como acontecerá a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo:

“E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória. Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima.” (Lucas 21:27-28 )

“Então os querubins elevaram as suas asas, e as rodas os acompanhavam; e a glória do Deus de Israel estava em cima sobre eles. E a glória do Senhor se alçou desde o meio da cidade; e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade.” (Ezequiel 11:22-23)

“Naquele dia os seus pés estarão sobre o monte das Oliveiras, a leste de Jerusalém, e o monte se dividirá ao meio, de leste a oeste, por um grande vale; metade do monte será removido para o norte, e a outra metade para o sul.” (Zacarias 14:4)

A segunda vinda de Jesus ocorrerá quando metade de Israel for tomada (Zacarias 14:2). O Senhor destruirá o exército do anticristo, o próprio falso messias (2 Tessalonicenses 2:4) e marcará o final da grande tribulação.

Para se ter uma ideia da magnitude da batalha que ocorrerá por toda a extensão do vale do Megido, serão necessários sete meses para que todos os cadáveres possam ser sepultados (Ezequiel 39:7). Por mais sete meses, outros homens ainda procurarão corpos naquela área para concluir esse trabalho (Ezequiel 39:14).

Por sete anos, o povo de Israel queimará todos os despojos (restos de guerra) para uso em outras finalidades, inclusive convertendo as armas em enxadões para lavrar a terra (Ezequiel 39:9, Isaías 2:4)

Quando os pés de Jesus estiverem sobre o Monte das Oliveiras, Ele verá o portão fechado e o cemitério à frente, assim como mostrado na imagem a seguir:

Nesse instante, o monte se dividirá ao meio causando um grande tremor no local e até a passagem pela porta haverá um novo caminho. As sepulturas serão removidas para a direita e para a esquerda e Jesus passará por uma nova vereda.

“Quem suscitou do oriente o justo e o chamou para o seu pé? Quem deu as nações à sua face e o fez dominar sobre reis? Ele os entregou à sua espada como o pó e como pragana arrebatada pelo vento ao seu arco. Ele os persegue e passa em paz, por uma vereda por onde os seus pés nunca tinham caminhado.” (Isaías 41:2-3)

Durante a batalha, o povo judeu escapará pelo vale formado no Monte das Oliveiras, que vai até Azel, conforme Zacarias 14:5.

Provavelmente por esse mesmo vale (Ezequiel 47:1-3 e Zacarias 14:8), passarão também as águas correntes provenientes da soleira do Templo, e que terão a capacidade de sarar, curar e até ressuscitar qualquer ser que estiver em seu caminho. Essas águas percorrerão um caminho até onde hoje está o mar Morto e quando aquelas águas celestiais chegarem a esse destino, as águas do mar Morto sararão, isto é, tornar-se-ão apropriadas para a fauna aquática:

“Então, me disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina, e entram no mar Morto, cujas águas ficarão saudáveis. E será que toda a criatura vivente que passar por onde quer que entrarem estes rios viverá; e haverá muitíssimo peixe, porque lá chegarão estas águas, e serão saudáveis, e viverá tudo por onde quer que entrar este rio.” (Ezequiel 47:8-9)

Atualmente nenhum peixe consegue sobreviver no mar Morto, pois o teor de sal é dez vezes maior do que o da água do mar, que já é salina. Por causa do excesso de sal, as pessoas que se banham no mar Morto não conseguem afundar na água. Quando a profecia se cumprir, haverá vida em abundância em toda aquela região. Aquelas águas que sararão o mar Morto, com todas essas qualidades, terão virtudes semelhantes às da água da vida, mencionada em Apocalipse 22:1.

Por causa dessa profecia, os judeus têm um grande desejo de serem enterrados naquele local, em volta do Monte das Oliveiras, por onde passarão as águas que sairão do Templo de Deus.

Muito em breve Jesus Cristo voltará para reinar sobre toda a Terra, cumprindo assim várias profecias bíblicas:

“O SENHOR será Rei sobre toda a terra; naquele dia, um só será o SENHOR, e um só será o seu nome.” (Zacarias 14:9)

“Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará;” (2 Timóteo 2:12)

“Domine ele de mar a mar e desde o rio até aos confins da terra.” (Salmos 72:8)

“Ele recebeu autoridade, glória e o reino; todos os po­vos, nações e homens de todas as línguas o adoraram. Seu domínio é um domínio eterno que não acabará, e seu reino jamais será destruí­do.” (Daniel 7:14)

“Todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos.” (Zacarias 14:16)

“Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.” (Apocalipse 20:6)

“E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; Para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele.” (Judas 1:14-15)

Em breve, o mundo experimentará os piores momentos de sua existência, nas mãos do falso messias, que irá sentar no Templo de Deus, querendo parecer Deus (2 Tessalonicenses 2:4).

O messias falso entrará no Templo de Deus e enganará a muitos, mas este não virá pela porta do caminho do oriente (a Porta Dourada), porque ainda estará fechada, aguardando o verdadeiro Messias por ela passar.

Jesus em breve vem e todo aquele que crer nisso, recebendo-o como Senhor de sua vida e arrependendo-se de seus próprios pecados, terá a oportunidade de reinar com o Senhor.

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