O Senhor Jesus Cristo deu uma ordem expressa aos seus discípulos, quando disse:
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” (Marcos 16:15-16)
Está muito claro que o batismo é uma ordenança do Senhor Jesus Cristo e que o crente não pode recusá-lo.
Antes de qualquer coisa, é importante entender que o batismo é uma declaração pública de fé, em que o batizando confessa ter se arrependido pelos erros praticados, manifestando a sua fé no Senhor e Salvador Jesus Cristo, tanto para os homens, quanto para todo o mundo espiritual. O batismo é portanto uma confissão pública de que o pecador arrependido está recebendo Jesus Cristo como o seu salvador.
Nos tempos da igreja primitiva, a confissão por Jesus Cristo era diferente da atual, na qual, depois de uma pregação, o interessado em receber Jesus Cristo apenas ergue a mão na presença de todos e recebe uma oração da igreja.
De acordo com a Bíblia, o batismo acontecia imediatamente após a pregação da Palavra de Deus, sendo um sinal de confissão diante dos homens. Os apóstolos não perguntavam se alguém queria “aceitar” Jesus Cristo, mas simplesmente batizavam a todos os interessados que ouviam a Palavra de Deus de bom grado (Atos 2:41). Somente depois do batismo, os novos cristãos eram apresentados à doutrina dos apóstolos (Atos 2:42).
O batismo que João Batista realizava também acontecia imediatamente após a pregação do evangelho do reino. Todos os que criam na pregação eram imediatamente batizados no batismo do arrependimento dos pecados. Era um símbolo de confissão.
Apesar de não ter pecado algum, Jesus Cristo desejou ser batizado nas águas do rio Jordão por João Batista, dizendo “(…) pois assim convém cumprir toda a justiça” (Mateus 3:15). Naquela hora, o céu se abriu sobre o Senhor Jesus Cristo, em sinal de que tudo isso foi testemunhado não apenas pelos homens na terra, mas também no céu.
O batismo indica o sepultamento, ou seja, a morte do velho homem para o surgimento de uma nova vida, segundo a vontade de Deus. O batizando está morto para o mundo, mas vivo para Cristo (Romanos 6:4).
Infelizmente, apesar de haver um só batismo (Efésios 4:4-5), os homens começaram a realizá-lo de várias formas diferentes, de acordo com a sua particular interpretação.
Existem pessoas batizando mortos, bebês, crianças, por aspersão, em nome da trindade. Afinal, como deve ser realizado o batismo?
O objetivo desse estudo é esclarecer as seguintes questões:
1 – Quem pode ser batizado?
2 – Como deve ser realizado o batismo?
3 – Em nome de quem se batizar?
Para obter uma resposta definitiva e confiável para todas essas questões, você será convidado(a) a examinar as Escrituras Sagradas (João 5:39). Deixemos de lado, portanto, os paradigmas e as interpretações particulares (2 Pedro 1:20) e abramos verdadeiramente o coração para a Palavra de Deus.
QUEM PODE SER BATIZADO?
Se alguém deseja ser batizado, primeiramente deve cumprir três requisitos básicos:
1- Arrependimento (Atos 2:38): o interessado no batismo tem consciência do pecado e da culpa que carrega e lamenta por isso, demonstrando a Deus arrependimento sincero;
2- Fé (Marcos 16:16, Atos 8:37): crer que o Senhor Jesus Cristo é Deus, o único e verdadeiro caminho de salvação, morto por causa de nossas transgressões e ressuscitado ao terceiro dia após a morte na cruz. É preciso crer que o Senhor Jesus Cristo levou sobre si mesmo o castigo que era devido a nós (Isaías 53:5).
3- Vontade (Atos 2:41, Atos 8:36): o interessado é batizado por iniciativa própria, nunca por pressão ou por vontade alheia.
Ao observarmos os três requisitos básicos, podemos descartar a validade do batismo de bebês, crianças e mortos.
O batismo de bebês e crianças, realizado pela Igreja Católica Apostólica Romana, é inválido porque esses inocentes não possuem a capacidade para compreender o significado de fé e arrependimento, não podendo assim fazer escolhas conscientes.
As Escrituras Sagradas não mostram um único exemplo de criança ou bebê que tenha sido batizado, mas ensinam sobre a necessidade de serem apresentadas a Deus, como no caso de Samuel (1 Samuel 1:22) e do próprio Senhor Jesus Cristo (Lucas 2:22), quando ainda era um bebê.
O Unigênito de Deus, que sempre existiu por toda a eternidade, tinha, pelo menos, 34 dias de vida em corpo humano, quando foi apresentado em oração no Templo. Após Maria cumprir os 33 dias de purificação – período no qual a mulher que desse à luz era proibida de tocar em alguma coisa santa ou de ir ao santuário (Lv 12:4) –, finalmente ela pôde levá-lo ao Templo. Dentro desse prazo, já estão incluídos os oito dias para o menino ser circuncidado (Lucas 2:21), conforme a lei.
No caso do batismo de mortos, realizado pelos mórmons, esse não produz efeitos no mundo espiritual, pois como bem diz a Palavra de Deus, em Hebreus 9:27, “após a morte, segue-se o juízo”. Mortos não têm ciência dos fatos ocorridos entre os vivos (Eclesiastes 9:5-6) e não há nada que possamos fazer para mudar o destino dos que já morreram (Lucas 16:20-26).
Os mórmons efetuaram uma interpretação equivocada de 1 Coríntios 15:29 para justificar o batismo pelos mortos, porém aquela referência é recurso do apóstolo para combater a falta de fé de alguns em Corinto, informando-lhes que até mesmo os néscios acreditavam na ressurreição dos mortos e por isso os batizavam.
Portanto apenas as pessoas que já possuem consciência do que é certo e do que é errado, e já possuem a capacidade para ter fé em Jesus Cristo e se arrepender dos pecados, podem se submeter ao batismo.
A idade pode variar de pessoa para pessoa, mas se houver arrependimento, fé e vontade para isso, a água não pode ser recusada (Atos 10:47).
COMO DEVE SER REALIZADO O BATISMO?
Hoje as pessoas são batizadas geralmente por aspersão ou por imersão.
Aspergir é o ato de lançar ou borrifar água sobre a pessoa. Nesse caso, o batizado é apenas parcialmente molhado, geralmente na cabeça.
O batismo por imersão é realizado quando o interessado é mergulhado completamente na água e retirado dela.
No início desse estudo, observamos que o batismo é o sepultamento do velho homem (Romanos 6:3-4), e como se sabe, ninguém pode ser sepultado apenas com um pouquinho de terra na cabeça, mas todo o corpo deve ser coberto pela terra.
O mesmo conceito se aplica ao batismo, que é realizado com água, o qual deve ser feito não com um pouco de água sobre o corpo, mas com muita água, de forma que todo o corpo seja submerso, assim como acontece num sepultamento.
“Ora, João batizava também em Enom, junto a Salim, porque havia ali muitas águas; e vinham ali, e eram batizados.” (João 3:23)
Quando o Senhor Jesus Cristo foi batizado por João Batista, o qual se opôs inicialmente porque sabia que Jesus não tinha pecado, verificamos que Ele estava dentro do rio Jordão. Observe:
“E, logo que saiu da água, viu os céus abertos, e o Espírito, que como pomba descia sobre ele.” (Marcos 1:10)
Muitas pessoas que foram batizadas por aspersão, quando ainda eram bebês, ou mesmo depois de adultas, já foram batizadas por imersão, que simboliza o verdadeiro sepultamento do velho homem.
EM NOME DE QUEM SE BATIZAR?
Muitas igrejas evangélicas e a própria Igreja Católica realizam o batismo em “nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, justificando essa prática com a seguinte ordenança do Senhor Jesus Cristo:
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;” (Mateus 28:19)
Porém, durante o período inicial da igreja de Cristo, todos os apóstolos do Senhor Jesus realizaram o batismo apenas em nome do Senhor Jesus Cristo, e não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Teriam os apóstolos desobedecido a uma ordem expressa do Senhor Jesus Cristo? Seria isso uma contradição ou um erro bíblico?
Para entender isso, primeiramente é preciso esclarecer que Pai, Filho e Espírito Santo não são os nomes do único Deus Todo-Poderoso que existe. Ao observarmos atentamente Mateus 28:19, verificamos que Jesus Cristo ordenou que o batismo fosse realizado no “nome”.
Os apóstolos escolhidos pelo próprio Deus não desobedeceram à Sua ordem, mas a cumpriram perfeitamente ao batizar em nome de Jesus Cristo.
“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;” (Atos 2:38-39)
Após a sua morte, Jesus ressuscitou e se apresentou vivo por um espaço de quarenta dias, período em que falou aos discípulos sobre as coisas concernentes ao reino de Deus (Atos 1:3-4).
O entendimento para compreenderem as Escrituras foi aberto nesse período, após a ressurreição corpórea do Senhor Jesus Cristo, como verificamos em Lucas 24:45, transcrito abaixo. A partir de então, tudo que fosse realizado pelos discípulos deveria ser feito em nome de Jesus. Observe isto:
“Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.” (Lc 24:45-48)
Os discípulos entenderam bem a mensagem e procederam de acordo com a ordenança, realizando o batismo em nome de Jesus Cristo, conforme Atos 8:16; 10:48, 19:5, 22:16.
O apóstolo Paulo não esteve com os demais apóstolos quando Jesus reapareceu para todos eles após a ressurreição. Apesar disso, também batizou pessoas em nome de Jesus Cristo. Paulo batizou até mesmo pessoas que já haviam sido batizadas no deserto por João Batista, porque o batismo de João não era em nome de Jesus Cristo, mas tão somente pelo arrependimento dos pecados. Naquela ocasião, todos receberam o batismo em nome do Senhor Jesus sem questionar, porque sabiam que Paulo era mesmo homem de Deus:
“Disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo. Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No batismo de João. Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam.” (Atos 19:2-7)
A maior prova de aprovação de Deus para esse batismo foi a manifestação imediata do Espírito Santo sobre aquelas vidas. O batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo é realizado em larga escala hoje em dia, porém ele é incorreto.
“E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Colossenses 3:17-18)
Extrai-se do texto que demônios são expulsos em nome de Jesus, orações devem ser realizadas em nome de Jesus Cristo e que também o batismo, que é uma obra, deve ser realizado em nome de Jesus Cristo, e não em nome das formas como o Todo-Poderoso se relaciona com a humanidade.
“Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo.” (Gálatas 3:27)
O batismo em nome da trindade começou a ser praticado no ano de 325 d.C., após o concílio de Nicéia, realizado pela igreja Católica Apostólica Romana, que prega ainda a existência de purgatório e limbo, a servidão aos ídolos, oração pelos mortos.
Jesus Cristo é o verbo que se fez carne (João 1), o Alfa e o Ômega (Apocalipse 1) e portanto é Deus. Por isso os apóstolos batizaram as pessoas assim, em nome de Jesus Cristo (Yeshua).
Como Pai, Jesus disse:
“Não vos deixareis órfãos; voltarei para vós” (João 14:18).
Como Filho, Jesus disse:
“Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.” (Lucas 22:42)
Como Espírito, Jesus habita na vida de todos os que creram e o receberam como o salvador (João 1:12).
“Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada.” (João 14:23)
“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” (Romanos 8:9)
Para obedecer ao evangelho, você deve ser batizado voluntariamente e conscientemente nas águas, por imersão e em nome do Senhor Jesus Cristo.
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Se a salvação se dá por predestinação e nenhum santo pode perde-la visto que foram eleitos por Deus desde a fundação do mundo e seu nome está escrito no livro da vida, é possível ainda assim ser salvo sem o batismo? Ou aquele que foi eleito e está predestinado a salvação em algum momento de sua vida irá render-se a isso?